EEUU: Trabalhos forçados para objector de consciência

O governo dos Estados Unidos continua a condenar pessoas por terem exercido a sua liberdade de pensamento, de consciência e de religião, declarou a Amnistia Internacional reagindo à condenação a três meses de trabalhos forçados infligida a Pablo Paredes por este se ter recusado a participar na guerra contra o Iraque.

Pablo Paredes, de 23 anos de idade, foi declarado culpado por se ter recusado a embarcar em Dezembro de 2004. A sua recusa foi fundamentada numa objecção moral à guerra no Iraque, na convicção profunda de que esta era ilegal. Pediu o estatuto de objector de consciência em 4 de Janeiro de 2005.

A Amnistia Internacional considera como objector de consciência toda a pessoa que, por razões de consciência ou de convicção profunda, recusa servir nas forças armadas, participar directa ou indirectamente em guerras ou conflitos armados ; são incluídas nesta definição as pessoas que se recusam a participar numa guerra especifica.

Pablo Paredes é o terceiro objector de consciência nos Estados Unidos, a ser adoptado como prisioneiro de consciência pela Amnistia Internacional, desde o inicio da guerra no Iraque. A Amnistia Internacional está igualmente atenta ao processo que se desenrola contra o sargento Kevin Benderman, que se tornou objector de consciência durante a sua estadia no Iraque.

Um numero crescente de americanos, objectores à guerra no Iraque, tem procurado obter o estatuto de refugiado no Canadá para fugir à condenação dos tribunais militares.