Bricolaje: instrucciones para el desmontaje del desfile militar en A Coruña - Tortuga
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Bricolaje: instrucciones para el desmontaje del desfile militar en A Coruña

Domingo.15 de mayo de 2005 3810 visitas Sin comentarios
Háztelo tú misma #TITRE

BRICOLAGEM: Manual de desobediência cidadá ao desfile militar

Bricolagem em copyleft

Que coisa é Bricolagem? Bricolagem es tu. Som eu. Somos todas.
Bricolagem surge da vida e do amor. Surge da raiva e da indignaçom que nos produce o Dia das Forças Armadas e o Desfile Militar na Corunha este 29 de maio. Bricolagem surge como um experimento de interacçom colectiva que estes dias começa a activar-se em mil pontos da cidade: estamos convencidas de que tu, eu ou aquela podemos pór em prática este experimento...

Alerta...actua!!!
Há mil e umha ideias que se podem pór em prática...Qual é a tua?

Alerta!!!...Este mês de maio os militares faram numerosos actos na nossa cidade.

Faram expossiçons. Entraram na nossa ria com os seus buques assasinos. Os seus avions mega-modernos e mega-caríssimos dibujaram no horizonte a banderita rojigualda, perforando-nos os tímpanos.

Sir Paco dá-lhe a medalha da Cidade à Capitania Militar...nom nos representam! Os nossos direitos vam-se recurtar para fazer umha mostra de armamento e umha exaltaçom de valores com os que muitas nom nos sentimos identificadas.

Desfilaram polas nossas ruas com as suas máquinas de matar. Vai vir a Legiom de Millan Astray, umha insituiçom que deveria figurar no museu dos horrores. Ruido de sables. Ruido de morte.

nom podemos ser indiferentes...mobilice-mo-nos!!!

Outra realidade é possível. Com as nossas pintadas. Com os nossos passa-ruas sound system. Com um grande festival alternativo ao desfile. Com o tam-tam das caçoladas. Com as nossas vozes. Com raçons poderossas e contundentes à margem dos seus uniformes, das suas pistolas, dos seus tanques, das suas bombas:

as nossas armas som os argumentos e o amor
...quais som as deles?

Chega bricolagem, chega a primavera, chega a vida!

Bricolagem propom umha protesta massiva, plural e descentralizada contra o Dia das Forças Armadas na Corunha; nom ao estilo da típica manifestaçom-processom: exploremos novas formas de denúncia e de acçom. Trata-se de potenciar o “do it yourself” (fai-no por ti mesma). Construamos um movimento cívico incluinte, multitudinário, dinámico, aberto, que nom seja propriedade de nengum colectivo ou grupo de pessoas. Se tu fas algo, o teu vizinho também, as tuas companheiras de estudo outra coisa, os teus colgas de trabalho outra, entre todas iremos conformando um estado de opiniom amplo, profundo e poderosso.

“Bricolagem” somos todas. Somos muitos os indivíduos, muitas as sensibilidades...viva a diversidade! Todas contra os exércitos, porque NENGUM EXÉRCITO defende a paz.

“Bricolagem” brilhará para gentes inovadoras que sejam abertas e se movam em novos campos, mas será umha obscura nube para aqueles que vivem em esquemas do passado. A “política” clássica estivo ligada à guerra e à dominaçom. Adeus á guerra!

“Bricolagem” vai mais alá da “política”. Nom quer saber nada de Maquiavelo, da guerra, do terrorismo. Nom quer mártires, nem sacrifícios, nem herois.Tampouco burócratas nem políticos profissionais. Nem enfrentamentos estéreis.

“Bricolagem” tem o encanto de sair da lógica militarista, autoritária, sectária; espalhando a criatividade do nosso “eu” colectivo e plural, e a nossa prática de Democracia, à margem do que entendem por esta bonita palavra os poderossos estados transnacionais.

“Bricolagem” significa umha protesta construtiva e divertida, sem esquemas predeterminados, que nos encha de verdade, que dé sentido ao momento presente, que nos faga livres. E que nos faga livres porque queremos. Que crie laços de amizade, de amor, de afectividade...façamos redes e sociedade civil!

Por que?

E fazemos isto porque somos conscientes de como está o mundo.. Porque nos condenam a um futuro de assalariadas precarizadas a dispossiçom, qual monicreque, dos desejos do Capital: precárias sim, mas nom idiotas.

Porque estamos fartas de que esta cidade seja o “pátio particular” de Paco. Porque nos indignamos e saimos á rua com o “Prestige”. Porque nos manifestamos contra a invassom e a guerra do Iraque. Porque temos memória...

sabias...?
que vam desfilar os mesmos fascistas que massacrarom A Corunha em 1936?

que perto de 400 pessoas forom passeadas e fussiladas nesta cidade? que miles forom encarceradas, torturadas, repressaliadas, exiliadas?

que quando assasinarom à mulher do Governador Civil, embaraçada, abrirom-lhe a barriga e lhe sacarom o feto das entranhas?
Estátua de Millán Astray, ruas com nomes fascistas...vergonha!

mans à obra...
todas somos quem de fazer bricolagem

O mundo da bricolagem é ilimitado. Exploremos. Sempre há novas ideias.

O verbo francês “bricoler”, significa “instigar ao redor, organizar e amanhar coisas”. Poderia, suponhemos, aplicar-se a amanhos florais, mas isto nom é realmente o que significa na prática.

O substantivo “bricolagem” é usado para melhorar a qualidade de vida por meios iniciados por umha mesma na transformaçom do seu entorno e da própria vida. Façamos da própria vida, pois, umha obra de arte. E desfrutemos deste processo.

Limpemos a sociedade, as nossas vidas, da lacra militarista. Criemos e usemos novas ferramentas antagonistas que nom sejam propriedade de ninguem, ou que sejam propriedade de todas. Usemos as ferramentas e que rulem.

Ferramentas...

USA-ME
(Foto carimbo)

- envia-me por email às tuas amigas.

- pom-me no telf. Público, na entrada da biblioteca, na porta do teu centro de trabalho, na tua bicicleta; fai comigo umha camisola.

- difunde-me. Som o símbolo deste movimento contrário ao desfile militar.

15 de maio começa: Operaçom branca

Frente à cor fascista da destruçom desplegamos umha multitude de cores.

O verde- kaki é o símbolo da obscuridade. No verde kaki está o machismo, a impossiçom, a guerra, a OTAN, a dominaçom, a obediência cega, a missogínia, a uniformidade, o pensamento único, o gasto militar, a ecatombe nuclear, a homofobia, o consumo mercantilizado, o heterossexismo, o autoritarismo, a agressividade.

O branco é o símbolo das outras cores (lilá, rosa, vermelho, negro, verde...) No branco está a participaçom, a assembleia , a nom violência, a rebeldia, a liberdade, a participaçom, o amor, o debate, a crítica, a alternativa, a igualdade, a desobediência, a diversidade, os centros sociais, a festa, a afectividade, a cooperaçom.

Apartir do 15 de maio

Colga trapos ou sabas brancas nas janelas ou balcons da tua casa como repulsa ao desfile.

Ring, ring...diga?

Bricolagem pode tambem significar umha nova maneira de ver o flujo de informaçom. E de fazer as coisas. Fai-nas por ti mesma. Fai-nas com o teu grupo de amigas. Faça-mo-las por nós próprias:

- Difunde as conovocatórias via email, boca a boca, SMS: passa-o!!!

- Faz cartazes, pom-nos no teu bairro, na tua aula, no bar onde paras.

- Pom-te umha chapa na solapa.

- Envia cartas de protesta aos jornais.

- Convoca umha assembleia na tua faculdade, no teu liceu, no teu centro de trabalho: delararemos estes espaços Zonas Desmilitarizadas.

- Faz umha “plantilla”, colhe um spray e decora a cidade.

- Telefona aos militares, envia-lhes um email e di-lhes o que pensas!

Que nos escuitem!
Potência, difunde, espalha este virus comparte com todas bricolagem, caminhemos em sintonia

Desobedecendo ao andar

Em palavras de J. A. Pérez, Caminhar é umha das atitudes que melhor pode resumir a desobediência, polo que implica de liberdade e também de autonomia. Com os flujos de informaçom global, o ofício de caminhante é um dos mais fázeis de aprender. Para andar nom fam falta dotes especiais, cada um pode regular o ritmo da marcha conforme ás suas condiçons físicas. Um caminhante nom precissa automóvel, nom depende do preço do petróleo, nom paga a peajem das autovias, nom se tem que inclinar ante a autoridade competente para solicitar o permiso de conduzir. Desprovisto de grandes necessidades, o caminhante segue a sua rota polas beiras que estam fora dos muros do Sistema.

Derrubar os muros do sistema? Por suposto. Mas nom a cabeçaços, porque só lograriamos romper-nos a crisma sem fazer um rasgunho ao muro. Sejamos inteligentes. Exploremos novas vias de acçom, de intervençom. Nós também temos PODER. Somos multitude, somos a cidadania e se queremos, PODEMOS.

porque queremos umha sociedade sem militarizar...

dizemos NOM às Forças Armadas

fai-te caminhante, juntas podemos, A Corunha em pé de paz
actua...

decálogo de bricolagem...

1) Pensa em termos de eficácia. Umha campanha como esta nom recai só nas tuas próprias forças. O que tu faças, por pequeno que seja multiplicará-se por toda a cidade.

2) À margem dos colectivos activistas clássicos, bricolagem fai-se nómada, levando com el, atravês de todas nós, o desejo e a esperança de umha experiência irreprimível.

3) Bricolagem potência a organizaçom em rede, a descentralizaçom da protesta, o trabalho em grupos de afinidade, a intercambiabilidade e a continua transformaçom. Bricolagem é umha protesta plural, horizontal, híbrida e mestiça.

4) Nom se trata de fazer adeptos ou de estebelecer identidades dogmáticas e convicçons. Trata-se de estimular o pensamento e desmontar identidades e ideologias, permanentemente: viva o Questionamento Permanente!

5) Ante os exércitos, as policias e as guerras nunca a democracia foi tam necessária como agora. Essas gentes armadas nom nos defendem de nada. Elas mesmas constituem um autêntico perigo público.

6) Somos quem de criar novos circuitos de cooperaçom e colaboraçom. Expressemos a nossa repulsa ao Dia das Forças Armadas como umha rede aberta e expanssiva, onde todas as diferenças podam expressar-se livre e equitativamente.

7) Está emergindo um novo modo de ser na esfera pública que se caracteriza polo feito de que o Estado è algo que se volveu velho e inadequado, com umha máquina de escrever em relaçom a um computador. Bricolagem quer ajudar a essa nova esfera pública, construindo novas experiências de democracia nom representativa.

8) O tempo está dividido entre um presente que já está morto e um futuro que já está vivo. Os militares formam parte desse presente, nós somos o futuro.

9) Inventa e conecta tantas intençons, motivaçons e causalidades como seja possível. Podemos usar linguagens de múltiples vozes que vam chegar muito mais alá desta luita concreta ante o desfile militar. Fazendo-o assim estamos a construir umha vissom muito mais ampla do que percibimos no momento actual.

10) ...o que tu queiras!

Estamos a construir a base para novas redes e vias de luita cidadá.


PRESENTAN MÁS DE MIL FIRMAS CONTRA EL DESFILE

mais de mil corunhesas/es exigem a cancelaçom do desfile militar

umha , 13.05.2005 18:37, (Id: 3031)

Hoje sexta, 13 de maio, um grupo de vizinhos da cidade de Corunha apresentou no registo da Delegaçom do Governo mais de mil solicitudes exigindo a cancelaçom do desfile militar de próximo 29 de maio. A campanha de recolhida continua até o 25 deste mês.

A iniciativa, promovida por um grupo de vizinhas/os desta cidade e que foi distribuida em diversos comércios e locais da Corunha estes dias, continua e amplia-se a toda Galiza.

Esta iniciativa popular apoia também a proposta de colgar sabas, trapos brancos, bandeiras galegas ou faixas nas janelas das casas como mostra de repulsa a este despilfarro fascista, ao militarismo e a umha exaltaçom de valores com a que nom nos sentimos identificadas.

Os promotores da iniciativa denúnciam o terrível controlo policial ao que está submetido à cidadania, e a repressom injustificável (detençons, pinchaços telefónicos, retençons ilegais, seguimentos e vigiláncia policiais, registos de carros, cargas de antidistúrbios, identificaçons...) que estám a ter lugar as semanas prévias aos actos das Forças Armadas. Também invitam a toda a cidadania a rachar com o silêncio institucional e o seu objectivo de ocultar qualquer voz discordante com este tema.

Pretendem silenciar e fazer invissível qualquer protesto. Nom o podemos premitir...protesta! é um exercizo democrático!

Podes descargar a foha de sinaturas aqui:
http://www.arredemo.info/baixar/sinaturascontraodesfilemilitar.doc

Enviar as folhas por correio a r/Beiramar 16 baixo. 15001 Corunha

http://galiza.indymedia.org/gz/2005/05/3031.shtml


SÁBANAS BLANCAS CONTRA EL DESFILE

http://galiza.indymedia.org/gz/2005/05/3030.shtml


ACCIÓN CONTRA LA ESTATUA DE MILLÁN ASTRAY

7 de maio - Praça de Azcárraga

Assembleia Aberta contra o Desfile Militar , 10.05.2005 16:33, (Id: 2969)

Hoje sábado, 7 de maio, tivo lugar umha nova intervençom da Assembleia Aberta contra o Desfile Militar. Ás 19:30 as assistentes despregarom na Praça de Azcárraga diversos cartazes, umha imensa fotografia e vários cartons conformando a lenda "contra o desfile militar, actúa!". O acto continuou lendo-se, a modo de rolda de prensa um texto que animava à cidadania a expressar a repulsa popular à ostentaçom fascista, militarista e despilfarradora que os militares, políticos e administraçons tenhem preparada na Corunha para este mês de maio. A poetissa Luz Fandiño tomou também a palavra expressando a raiva e a indignaçom que nos produz o desfile militar e as forças armadas.
A uns centos de metros, no edifício do concelho, tinha lugar um "selecto" e exclussivo cóctel no que Caspolándia/Pacoland e Teófila Martínez celevravam o irmanamento com a cidade de Cádiz.
Baixo contínua e agobiante pressom policial, as gentes antidesfile disperssarom-se para reaparecer de novo diante da Estatua de Millán Astray (fundador da Legiom Espanhola, paradigma do Terror e do fascismo mais sanguinário). Dito símbolo, vergonha dos corunhesses, dos galegos e da humanidade tuda, foi tapado com um imenso plástico negro; negro como a Morte que espalhou durante os anos 20 e 30 aqui, no norde de África e em tantos sítios. A intençom era precintar este Monstro para depois acavar numha chascarrada festiva no Campo da Lenha. A abafante e contínua presença e pressom policial impediu a continuidade normal do acto, um acto de expressom simbólica a vissual no qual forom identificadas 4 pessoas.

Frente às intimidaçons e às limitaçons dos nossos direitos, continuam em pé as nossas raçons, os nossos argumentos e a nossa possiçom antagonista. Somos umha outra realidade. E nom nos vam silenciar. Nom nos vam calar.

Más fotos:
http://galiza.indymedia.org/pt/2005/05/2969.shtml